Caso Deolane: mãe e filho da ex-'A Fazenda' foram 'laranja' em extravagantes transições em dinheiro, aponta investigação

Deolane Bezerra e a mãe, Solange Bezerra, foram presas há três semanas em operação da polícia civil e que incluiria depois Gusttavo Lima. O cantor teve a prisão preventiva derrubada no mesmo dia em que a influencer e a matriarca deixaram a cadeia. Elas são suspeitas de participarem de atividades ilícitas como lavagem de dinheiro e jogos de azar - a ex-"A Fazenda" e dona de um patrimônio milionário já negou várias vezes tais práticas.

Agora fora da cadeia, Deolane não usará tornolezeira eletrônica e poderá usar as suas redes sociais (o que já voltou a fazer), porém terá que seguir algumas regras. É importante lembrar que a investigação não acabou, e a mãe de Deolane não conseguiu responder a algumas perguntas sobre movimentações financeiras, o que significa que novos desdobramentos ou reviravoltas podem ocorrer.

E se você quer compreender melhor o motivo da investigação, veja abaixo, segundo o inquérito revelado pelo jornal "Extra".

Há menos de dois anos, uma conta foi aberta em banco de São Paulo no nome de Solange, cuja outra filha teve passagem pela polícia em 2013. Nessa conta, Deolane tanto recebia como emitia valores elevados. A essa altura, a advogada e viúva de MC Kevin (1998-2021) já tinha outras contas abertas em seu nome, fora aquelas de suas empresas.

As suspeitas começaram depois que Solange passou a declarar R$ 10 mil de renda ao mês, porém suas transações financeiras eram bem acima desse valor. No final de 2022, "movimentações atípicas no mês de dezembro" chamaram atenção do Sistema de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro.

Na ocasião, a mãe de Deolane era sócia de duas empresas e em pouco menos de dois meses recebeu mais de R$ 478 mil. Sete transações foram feitas por Solange para ela mesma e a maioria das demais, efetuadas pela Pay Brokers Cobrança e Serviço.

Um outro detalhe é que desses quase R$ 479 mil, cerca de R$ 475 mil foram debitados por Solange dias mais tarde e repassados àquela empresa, cujo proprietário é Darwin Filho. O empresário também preso na ação é dono da Esporte da Sorte, cuja garota-propaganda é Deolane. O fato de transações sempre surgirem com valores arredondados para várias contas também chamou atenção.

Quando foi concluída a improbidade, as contas de Solange e do neto dela, de 17 anos, foram fechadas. A investigação apontou que o rapaz foi usado como "laranja" de Deolane. As movimentações na conta dele também causaram suspeitas - sua renda mensal pouco passava de R$ 2 mil, contudo os créditos em período de seis meses chegam a quase R$ 1.500 milhão.

Outros detalhes incluem o gasto sem nota fiscal de R$ 50 mil em loja de grife, e a tentativa de Dayanne sacar R$ 2 milhões em espécie, apesar da renda mensal nem chegar a R$ 25 mil - o proprietário exigiu o pagamento em "dinheiro vivo".